Para quê esta renovada luta de
alguns setores da nossa sociedade contra o Novo Acordo Ortográfico? A posição
retrógrada do novo Presidente do Centro
Cultural de Belém está a contribuir muito para isso.
Estou convencido que a maioria
das pessoas que criticam o AO nunca
o viram nem consultaram qualquer uma das inúmeras publicações que compilam as (poucas) novas regras.
Por exemplo; O que faz o “c”
antes do “t” na palavra “ator”? Se não o pronunciamos para
que o escrevemos? É, pura e simplesmente, dispensável. Já o “c” antes do “t”
na palavra “facto” continua a escrever-se porque se pronuncia.
E dizem-me assim; A eliminação do
acento agudo na palavra “para” do verbo “parar” provoca confusão
com a preposição “para”. Digo que não porque a palavra estará sempre contextualizada.
Se procurarmos bem, conseguiremos encontrar exemplos parecidos antes da
aplicação do AO e não é por isso que trocamos os significados nas palavras
escritas. Por exemplo; “Vaga” marítima, sinónimo de “onda” e “vaga” de lugar
disponível.
O AO não contraria a fala e
pronúncia atual de portugueses e brasileiros. Respeita e dá mesmo a preferência
ao uso da língua admitindo e regulando as diferenças existentes.
Antes de embarcarmos em qualquer
onda de negação, é importante que nos certifiquemos do que realmente estamos a
tratar.
Os falantes de português são hoje quase 300 milhões e destes, 290, fora
de Portugal.
Silvestre Félix
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