Desde a primeira hesitação da UE na resolução da situação grega que o
ataque dos “mercados” nunca mais
parou e ninguém pode saber quando e como vai parar.
A crise agrava-se, mês após mês e
Conselho após Conselho, sem que os mandantes europeus arrepiem caminho e corrijam
a “doze” de austeridade.
O doente não morreu do mal mas
está a morrer da cura. Nenhum dos remédios melhorou o que quer que fosse, antes
o contrário.
A derrota eleitoral de Sarkozy nas próximas eleições Abril/Maio e a consequente vitória do
candidato socialista, fazendo (alguma)
fé em todas as sondagens a respeito, pode alterar duma forma radical e já a
curto prazo, a política da Europa.
Nestes dias voltamos a ouvir
falar dos tempos da proposta do PEC IV
e dos momentos que antecederam a decisão de Sócrates
anunciar o pedido de intervenção da troika.
Claro que é impossível saber como estaríamos agora se esse pedido não tivesse
sido feito naquela altura. A Itália e
a Espanha também já tiveram os juros
a caminho dos 7% e voltaram a baixar. Embora também estejam no corte e tenham
descido alguns níveis de “rating”,
não estão sujeitos ao colete da troika.
Todos os portugueses querem que
se acenda a luz ao fundo do túnel. Os meios para chegar ao interruptor é que
são diversos. Existem caminhos
paralelos, é preciso juntá-los para depressa lá chegarmos.
Silvestre Félix
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