ESPANHA E AS VIRAGENS…


Nestas eleições espanholas, o partido ganhador seria sempre o da oposição como aliás vem acontecendo pela Europa fora.
Nestes tempos não interessa nada se vira à direita ou à esquerda.
Com descrença em tudo e todos, uma completa ausência de crédito ideológico e partindo duma situação de profunda crise económica que atinge no bolso a grande “massa” de eleitores, o resultado final é sempre favorável a quem ainda pode trazer alguma esperança, ou seja, quem não esteja comprometido com o negativo do tempo. E, se ainda assim, mesmo com a legitimidade do voto popular, a nova política não agradar aos “mercados” (capital, polvo de cabeça grande e múltiplos tentáculos, ou qualquer outro ser fantasmagórico), estes se encarregarão de colocar no poder quem lhes faça a vontade, como já aconteceu na Grécia e na Itália.
Esta é a lógica de caracol dos “mercados” (capital, polvo…)“devagar se vai ao longe!”.
Quem pensa que hoje está a salvo, que vá “pondo as barbas de molho”, porque os tentáculos lá chegarão.
Silvestre Félix

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