Do ponto de vista político, que é
o que aqui interessa, tanto dessincronizo com Cavaco Silva como com Pedro
Passos Coelho.
No entanto, para baralhar a
tranquilidade da minha consciência, eis que surgem opções diferentes para o
futuro da Europa, defendidas, de cada
vez, por cada um deles. Cavaco com
uma posição muito crítica relativamente ao Diretório
e ao papel do BCE, na resolução
da crise. Pedro Passos Coelho,
completamente agarrado às opiniões de Angela
Merkel e Sarkozy, usando por vezes um “parlapié”
como se não fosse Primeiro-Ministro
dum País do Sul que, por “acaso”, é
Portugal.
Pelo que vou entendendo, das múltiplas
crónicas e editoriais que vêm falando sobre o tema, tendo a achar que Cavaco Silva está do lado menos errado
da questão. Ou seja, dar espaço e tempo aos Países para que usem uma
austeridade menos agressiva e, ao mesmo tempo, desenvolvam programas para o
crescimento económico. Paralelamente, o BCE
deve adquirir livremente dívida soberana de modo a moderar a influência dos
mercados especuladores e agiotas, mesmo que a emissão de mais dinheiro (papel), possa alterar a paridade e valor
do Euro.
Silvestre Félix
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