Mesmo pela crise dentro, o
negócio bancário, também no nosso País,
tem dado muitos milhões de euros em dividendos aos seus acionistas.
Não sei e por isso não opino, se
as regras que vão regulamentar a recapitalização dos bancos portugueses são as
mais adequadas ou não. Pela reação dos “banqueiros”,
sou levado a acreditar que, porventura, estão mesmo a ser apertados e isso,
para mim, é bom sinal. A causa maior para a situação em que estamos foi a
omissão reguladora dos Estados face ao comportamento agiota do capital global.
Foi a onda ultraliberal que deixou as instituições financeiras tomarem o “freio nos dentes” para especularem como
muito bem lhes apeteceu.
Pois bem, é tempo dos banqueiros
se submeterem ao poder político legítimo. Se querem continuar a dirigir o negócio
de dinheiro nos seus bancos, os acionistas que se cheguem à frente com parte
dos milhões ganhos nos últimos anos até atingirem o rácio de 9% a que estão
obrigados pelas autoridades monetárias. Se não, e para evitar mais surpresas
desagradáveis para os depositantes e clientes, têm de usar os 12 mil milhões da
Troika cumprindo todas as regras agora
aprovadas pelo Governo.
A ironia disto tudo é que o aperto aos bancos é imposto pelo Governo mais liberal desde o 25 de
Abril.
Silvestre Félix
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