A ABSTENÇÃO E O PRESIDENTE!

Sempre entendi que o voto não é só um direito mas também um dever de cidadania. Ainda assim, considero a decisão de abstenção uma opção democrática e, como tal, respeitável como qualquer outra.
Todos sabemos que há Países onde o voto eleitoral é obrigatório e os abstencionistas estão sujeitos a multa. Em Portugal, em 1975/76, quando foi discutida e aprovada a primeira Constituição Democrática, a questão do voto ser ou não obrigatório, foi longamente debatida tendo vencido a possibilidade do eleitor se abster legitimando esta opção.
Mais uma vez, o Professor Cavaco Silva não esteve bem na comunicação ao País do passado Sábado, afirmando (não estou a citar) que quem não fosse votar neste Domingo, perdia legitimidade para criticar ou pronunciar-se sobre o Governo saído das eleições.
Não sei se é desconhecimento histórico, se é mesmo falta de cultura democrática ou ainda problemas com o português – língua. O problema da abstenção está a montante do momento de votar e, como tal, a forma como o Presidente da República pretendeu discriminar os abstencionistas foi completamente despropositada.
Silvestre Félix

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