Austeridade sim, mas se poderem livrar-se desse “sacrifício”, sem o parecer, tanto melhor. Bom, consultados os “controleiros” e ficando concluído consenso inter-partidário, era necessário avançar rapidamente para a apresentação da nova Lei do Financiamento na Assembleia da República, justificando-se pelo ajustamento às medidas gerais de austeridade propostas pelo Governo e, por isso, havia que agitar bem alto essa bandeira, de modo a que, à opinião pública, parecesse tratar-se de uma efetiva redução de 10% nos gastos dos partidos.
Pois bem, percebe-se agora, já depois de ter vindo a público a história das eventuais multas e coimas aplicadas aos dirigentes, que afinal foi acrescentado à nova Lei, um parágrafo ao art. 5º da Lei anterior, que passa a garantir “uma subvenção para encargos de assessoria aos deputados e outras despesas de funcionamento”. Um saco de todas as cores e onde pode ser metida muita coisa…
Manuel Meirinho, em artigo publicado hoje no Diário de Notícias, desmonta as intenções da aprovação desta Lei, fazendo e mostrando todas as contas, antes e depois da promulgação, concluindo que, em vez de pouparem 10%, os partidos nacionais, vão gastar ainda mais oito milhões de euros nestes três anos, do que gastariam com a Lei anterior.
É tudo boa gente!!??
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