BANCOS, BANQUINHOS E AS PRESIDENCIAIS

Já não há pachorra!

Fechem a porcaria do BPN e comecem outro de novo.

O cidadão comum, a quem a discussão do BPN diz muito pouco ou mesmo nada, tem de gramar as mesmas conversas, com os mesmos protagonistas, dezenas de vezes por dia. As televisões não fazem nem falam noutra coisa. As interpelações aos candidatos presidenciais, invariavelmente são sobre o BPN. As entrevistas e os debates que fazem em estúdio têm como principal prato da ementa, o BPN.

Ninguém duvida, que o BPN era um “madoff” em ponto pequeno, só que o figurão americano foi preso e condenado em seis meses e, aqui, neste “retângulo à beira-mar plantado”, já passaram dois anos desde que estalou a bronca e, só agora, vai começar o julgamento do principal arguido do processo que junta vários antigos administradores e altos funcionários do banco.

Com sorte, e depois dos nossos competentíssimos tribunais despacharem centenas de testemunhas arroladas e infindáveis recursos, lá para a próxima década talvez se consiga concluir que, afinal, não era tanto assim e que são todos “boa gente”.

Entretanto, a campanha presidencial que se augurava calma e pacífica, virou atribulada e agressiva porque, em tempos, um dos candidatos, como dezenas, centenas ou milhares de outros investidores, teve produtos financeiros da SLN e transacionou-os com apetecível lucro. Acresce que os, agora arguidos, têm sido, ao longo dos anos, amigos do peito e do partido, deste mesmo candidato presidencial.

E aqui é que está o busílis!

O professor, sabendo a delicadeza da coisa, encarando a situação de comprar e vender com obtenção de lucro absolutamente normal, não deveria dedicar-se ao exercício arrogante de se referir à atual administração do BPN da maneira como o fez. Com humildade e falando naturalmente sobre o negócio, poderia ter passado por isto com a maior das facilidades, evitando todo este circo e, pior do que isso, a corrida aos balcões do BPN para efetuarem levantamentos que já vão em 200 milhões. Ou seja, se o banco estava mal, decerto que está muito pior agora.

Silvestre Félix

Sem comentários:

NUM DESTES DIAS

Anti - democracia  net de Wilson Ferrer Um dia, passados para lá de cinquenta e cinco, em anos contados, no tempo duma senhora que era outra...