JANTAR EM SINTRA



A Nossa Terra teima em acolher acontecimentos históricos Nacionais que marcam, como se destino traçado se tratasse, a nossa vida. O local escolhido não foi o Palácio da Vila, nem o Palácio Valenças, nem qualquer outro dos muitos que temos, mas sim uma tenda gigante daquelas que se costumam usar no copo de água de um dos muitos casamentos que se realizam dentro e nos arrabaldes das nossas muralhas. “Casamento”, para quem não se lembre ou não saiba mesmo o que é, trata-se de um contrato com papéis assinados por dois contraentes e respectivas testemunhas, antecedido por ritual com juras de amor eterno e todos os outros sentimentos parecidos e que, duma forma geral, algum tempo depois, não muito, dá lugar a um outro ritual denominado “divórcio”, onde se desfaz tudo o que se fez no casamento. Esta aprendizagem do “diz” e “desdiz” logo a seguir, é feita com muita eficácia, em estágios preparados ao pormenor para o efeito, por muitos políticos da nossa “praça”.

Este esclarecimento sobre o “casamento” era importante porque, ainda por cima agora com o novo acordo ortográfico, muita gente ainda não conhece o significado desta palavra.


Voltando à questão principal, ou seja, o acontecimento histórico Nacional que esta semana teve lugar em Sintra, é notória a influência dramática Queirosiana nas cenas daquele jantar de despedida já anunciada, e que, mesmo assim, deu direito de antena para todas as televisões em sinal aberto e fechado, decerto porque estavam a transmitir duma tenda (no meu tempo chama-se barraca) montada em Sintra.


Não me apercebi da ementa, mas qualquer que fosse, muitos dos comensais, tiveram com certeza dificuldade em engolir o prato principal, para já não falar na sobremesa. Enfim, cada um vai aos jantares que quer e come daquilo que gosta.

Da tenda (barraca), do jantar e da despedida, recordarão, daqui a muitos anos, os nossos descendentes Sintrenses, como hoje se recorda a leitura dos “Lusíadas” por Camões a El-Rei D. Sebastião.

Sem comentários:

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...