TEMPO NOVO

Este tempo, contado em anos, como fazemos, chega hoje ao fim e começa outro novo amanhã.

O que acaba, trouxe-nos coisas boas e más, como, de resto, com todos acontece. Este, que até uma geringonça que funciona nos ofereceu, caracterizou-se exatamente por ter tido capacidade de inovar.

Vejam como conseguiu transformar um cargo político morador em Belém, de cor cinzenta, rezingão, que muitos dos dias, quando falava, profetizava a desgraça, com, calculo, problemas de fígado porque em altura de azia, ela era tanta que cheirava a “quilómetros” de distância, numa lufada de ar fresco que até nos rejuvenesce a alma.

Desejo que o próximo tempo que começa amanhã, continue com a mesma tendência e, se assim for, que os meus amigos e familiares usufruam e gozem de todas as boas energias à sua disposição.

Silvestre Félix
31.12.2016
Etiqueta: Ano novo
Foto: Google

PORTUGAL V/S ANGOLA

Hoje, veio a reação do Jornal de Angola à intervenção de Isabel Moreira, há uns dias, na Assembleia da República, com a presença de Luaty Beirão nas galerias, a que me referi neste espaço e, onde, me manifestei crítico relativamente ao modo, ao conteúdo e ao local, como uma Deputada Portuguesa se refere a um país parceiro de Portugal na CPLP e com uma história comum, de mais de 500 anos.

É claro que, individualmente, todos temos o direito de ter visões diferentes sobre os mais diversos acontecimentos nos dois países.

O que, acho, já não ser legítimo, é a forma como alguns portugueses e alguns angolanos, envolvem instituições nacionais para veicularem os seus pontos de vista, depreciando o outro país.

A minha esperança é que, estes, de tanto se agredirem, levem a  que os cidadãos angolanos e portugueses, passem a desvalorizar o que deles vier.

Silvestre Félix
27.12.2016
Etiqueta: Angola
Foto: Google

NESTES DIAS, NO LIMIAR DA POBREZA

O Quim, sobre quem escrevi há dias, a propósito dos pretensos rankings das escolas do nosso país, só deveria voltar à sua escola no recomeço das aulas em janeiro do próximo ano. Sim, deveria ser assim, mas não é!

O Quim tem voltado à escola todos os dias, um pouco mais tarde, mas não falha ao almoço que continua a ser servido na escola, mesmo durante as férias. Alguns dias é a primeira refeição, outros, a Mãe lá consegue deixar alguma coisa de véspera para que não fique sem comer até ao almoço.  
  
Ao jantar, a Mãe ou o Pai, trazem para casa a refeição quente da IPSS que lhes dá apoio e, assim, lá vão passando estes dias que, a maior parte deles, se resumem a isto mesmo; arranjar maneira de meter qualquer coisa no estômago para não ter fome.

Natal? Consoada? Pai Natal? Prendas? Compras? 

São tudo palavras que não constam no seu dicionário.

O Quim não inveja os que tudo isso têm, nem se sente revoltado por isso.

Só quer conseguir ter os livros e condições para poder estudar. Há de dar a volta por cima, ajudar os pais e quem dele precise. 

Silvestre Félix
23.12.2016
Etiqueta: Natal, pobreza, Foto: Google
Ficcão da minha autoria. 

NEGOCIAÇÃO OU CHANTAGEM

NEGOCIAÇÃO OU CHANTAGEM
A história do ORDENADO MÍNIMO já enjoa e mostra bem a qualidade dos representantes dos empregadores.
“Só queremos 540, mas estamos abertos a discutir compensações noutras áreas.” Ou seja; pura chantagem!
Em parte já conseguiram. O Governo já lhes está a oferecer como contrapartida, a redução da TSU.
Sinal menos para o Governo.
Silvestre Félix
21.12.2016
Etiqueta: Ordenado mínimo

A LOUCURA COLETIVA


A partir das cinco da tarde de hoje, começou a ser cada vez mais difícil circular nas  imediações do triângulo comercial (Mem Martins, Abrunheira, Rio de Mouro).

As pessoas estão loucas, completamente obcecadas por consumir qualquer coisa.

Se hoje já foi assim, o que se irá passar nos próximos dias?

Silvestre Félix
20.12.2016
Etiqueta: Consumismo

ESCOLAS, COMUNIDADES E PONTOS DE PARTIDA

As médias dos resultados dos alunos que servem de base para as classificações ou “rankings” das escolas portuguesas, vão ditando, injustamente, a qualidade ou não de cada estabelecimento escolar.

Quando se estabelecem as mesmas metas para pontos de partida diferentes, alguma coisa está mal.

As escolas não são “corpos” isolados do meio onde estão inseridas.

…. Os pais do Quim estão desempregados. Moram num bairro social. O pai, não consegue emprego fixo há mais de cinco anos. Ultimamente, tem recorrido a alguns biscates na construção civil, mas recebe sempre muito pouco. A Mãe, desde que a fábrica faliu, tem recorrido ao trabalho a dias, depois das 3 horas de limpeza, duas vezes por semana, das seis às nove da manhã. Há muito tempo que se lhes acabou o subsídio de desemprego. O Quim, tem dias que, por não haver pão em casa, só quando chega à escola pública come e bebe leite. Este ano, foi muito difícil os pais comprarem os livros. Mesmo assim ainda faltam dois. Só aos cinco anos conseguiram vaga para o Quim, no Jardim de Infância…

…. O pai do Martinzinho trabalha numa “startup” e a mãe é médica num hospital privado. Têm um bom rendimento e o Martinzinho anda no melhor colégio privado da região. Moram em condomínio fechado numa moradia com seis assoalhadas com piscina e jardim desafogado. Todos os dias, antes de saírem para as suas ocupações, sentam-se os três na mesa da copa e a Elvira serve-lhes um pequeno almoço substancial. O Martinzinho está no colégio desde bébe e aos quatro e meio já sabia ler na perfeição. Tem computador e tablet desde sempre e, aos cinco, o primeiro smartphone. No colégio, ao almoço e lanche, tem ementa escolhida pelos pais à semana. Todos os dias tem atividades extracurriculares que os pais pagam à parte. A partir das dezanove horas, o pai ou a mãe vão busca-lo já com os TPC feitos e corrigidos….

Estas duas realidades não são comparáveis nem podem constar na mesma lista de avaliação.

Silvestre Félix
18.12.2016
Etiqueta: Educação Foto: Google (Textos ficcionados por mim. Qualquer parecença nos nomes ou factos, é coincidência.)

ORDENADO (MÍNIMO) MISERÁVEL

É muito pobre continuarmos a discutir um “ordenado-mínimo” de tostões!

Mais pobre ainda quando existem partidos, confederações e associações nacionais que se continuam a bater por um OM, quanto mais baixo melhor.

Hoje, a questão na AR, era acertar o valor para janeiro entre os 557 euros que o Governo garante e os 600 euros que o PCP propõe.

São valores que não chegam para ninguém viver condignamente. É ridículo que se espezinhe a dignidade de quem trabalha, por uns míseros euros.

Enquanto tivermos que assistir a estas discussões estéreis que tocam no bolso de tantos milhares de portugueses, somos, de facto, um país pobre! 

Silvestre Félix
16.12.2016
Etiqueta: Ordenado Mínimo, Assembleia da República
Foto: Google 

NUM DESTES DIAS

Anti - democracia  net de Wilson Ferrer Um dia, passados para lá de cinquenta e cinco, em anos contados, no tempo duma senhora que era outra...