O DISCURSO E AS INTERMITÊNCIAS!

O PS precisa de ficar forte e em condições de, no final da legislatura, concorrer de igual com o PSD e CDS. Os valores da esquerda portuguesa, embora não exclusivos do PS, só podem ser valorizados, melhorados e aperfeiçoados, com o empenhamento do PS e dos seus militantes. O Estado Social, expressão agora tantas vezes vilipendiada, aplicado e desenvolvido com critérios realistas, é condição indispensável para evoluirmos como sociedade e tem sido uma das bandeiras do PS. No entanto, vendo de fora, porque do interior vêem os seus militantes, o Partido Socialista ainda tem muitas barreiras para ultrapassar.


No passado Sábado, estava a bater a meia-noite e as palmas esticavam-se mas, depois de mais um sorriso introspetivo, lá começou a faladura numa fase em que o sono estava a cumprir a sua obrigação – Precisava eu, de ser espicaçado para o vencer.
Nada disso aconteceu – não fui espicaçado e o sono ganhou a aposta. Ainda não me tenho em mim… depois de António José Seguro proferir aquelas primeiras sábias e singularíssimas palavras, que nunca nesta parte do hemisfério se tinham ouvido -
«Este resultado não é uma vitória pessoal mas sim, uma vitória do PS» (mais ou menos isto, estou a citar de cor), comecei a piscanhar os olhos, entrei numa “onda” intermitente de consciência e inconsciência, dando para, de vez em quando, ir percebendo a profundidade (?) de algumas bem construídas frases. Às vezes tão fundas que vai ser muito difícil trazê-las do buraco.
Estou embasbacado com este meu aparente desinteresse mas, que hei-de fazer, acho que, para empolgar uma plateia, mesmo televisiva, não basta querer, é preciso saber e é preciso que o orador tenha carisma e uma certa dose de espontaneidade que não tem de ser na oratória, que seja, principalmente na postura.


Silvestre Félix

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