REGIONALIZAÇÃO

A ausência de partilha e descentralização do poder é a grande falha do nosso regime democrático. Está aqui, nesta constatação, provavelmente a razão mais consistente para justificar o nosso fracasso económico como País e o consequente abandono de vastas zonas do interior de norte a sul do território.

Mais uma vez encontramos a responsabilidade da situação, nos partidos no arco de poder. Têm querido manter, por todos os meios, a exclusividade do governo centralizado. Não nos esqueçamos que mesmo no ano em que Guterres levou a regionalização a referendo, uma parte considerável do PS e do Governo, não estava com o sim.

Não restarão muitas dúvidas que o atual modelo económico está esgotado e, qualquer que seja a alternativa vai necessariamente passar pela regionalização. Não percam tempo com referendos, mapas polémicos e artificiais e considerem como aceitáveis as cinco regiões-plano existentes: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Eu não fiquei nada admirado com a retirada da regionalização da agenda de Sócrates. Tem tudo a ver com o homem e com a postura do Governo. O PS já tinha muitos problemas para resolver e agora tem mais outro porque a questão não é pacífica, é mesmo fraturante.

Silvestre Félix

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