A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A liberdade de expressão é a coluna vertebral da democracia como nós a entendemos. Da mesma forma que só nos lembramos do ar que respiramos quando, por qualquer razão, nos falta esse bem essencial, também a liberdade de expressão incondicional é encarada e assumida duma maneira natural, quando não se vive em ditadura como acontecia em Portugal antes de 25 de Abril de 1974.

No entanto, como em tudo na vida, devemos saber usar as ferramentas que temos e, acima de tudo, quando envolvemos outras pessoas, instituições, etc.,. No âmbito político, é frequente ouvirmos referências de uns políticos a outros, que roçam o insulto mas, se duma vez acontece com um, doutra acontece ao contrário e eles lá se entendem. Gostam e aceitam insultar e ser insultados.

Fora da classe política, designadamente no mundo empresarial, é normal assistirmos a alguma diplomacia quando se fala do Governo, de membros do Governo ou até da oposição. As pessoas manifestam-se igualmente mas, porque representam empresas ou associações empresariais, habitualmente não pessoalizam as apreciações que fazem. Como as excepções confirmam a regra, também nesta área, as há.

Neste Sábado, o líder o grupo “Jerónimo Martins”, que é a cara de muitas empresas cá e lá fora, patrão de muitos milhares e fornecedor de bens essenciais de muitos milhões de portugueses, referiu-se ao “Sócrates”duma maneira pouco apropriada, roçando mesmo níveis muito baixos de educação.

Hoje, decerto existe uma maioria de portugueses que não morre de amores por José Sócrates, que ficaria contente de o ver “pelas costas”mas acontece que ele ainda é o Primeiro-Ministro de Portugal e o “Sr. Pingo Doce” tem obrigação de se lembrar disso.

O sr. pode dormir num colchão com molas de ouro, em vez de papel higiénico, pode usar rolos de notas de 500 euros, mas isso não lhe dá o direito de se esquecer o que é a boa educação.

Silvestre Félix

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