No tempo da ditadura, a quem fazia vida a ouvir conversas particulares das mesas do lado, nos cafés e restaurantes, chamávamos “bufos”. Ouviam, e iam rapidamente contar ao agente de ligação da pide o que os suspeitos conversavam e mais o que inventava.
Há hábitos que não descolam com facilidade!
Não é fácil acreditar, que o Primeiro-Ministro deste País, neste tempo, tenha reservado um almoço para resolver “o problema” , que, neste caso, é jornalista e se chama Mário Crespo.
Importante, este Mário ah!
Dando mesmo de “barato” que os colegas de Governo falaram (menos bem) de MC, onde é que está o problema? Ou, só ele (MC), e o seu entrevistado preferido (MC2), é que podem falar (mal) do governo, do Primeiro-Ministro, dos Ministros, dos deputados (alguns)?
Como é que, “com três ou quatro palavras apenas,” completamente descontextualizadas e alegadamente proferidas ao longo dum almoço particular, escutadas por pessoas não identificadas e alheias ao dito almoço, podem servir de notícia transmitida e retransmitida vezes sem conta?
Acho que o MC deu um tiro no pé!
Ah! A crónica que o MC mandou para o JN de facto não era “opinião”, era a sua defesa pessoal, pressupondo naturalmente, ter havido um “ataque” naquela mesa de restaurante.
SBF
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