ESCUTAS E PLANOS DE ASSALTO

Como todos os portugueses, também eu tenho muitas dúvidas sobre a notícia do dia e, cada uma por si; Providência cautelar, “escutas”, “planos de assalto” a televisões, jornais, rádios, diários de caserna, etc., etc..

1 – Alegadamente, o “assalto” à comunicação social, tinha como objectivo, criar condições eleitorais favoráveis ao Governo.

Parece-me que, para eleições em Junho, Setembro e em Outubro, o Governo começou a tratar das coisas um bocado tarde, não?

2 – Nos últimos dias, os opositores do Governo nesta matéria, teem envolvido a empresa “Ongoing” na alegada estratégia da PT/Governo.

Mas então, não foi para esta empresa que se transferiu o antigo “patrão” da TVI, JEM, marido da antiga “patroa” da mesma estação de televisão, com um ordenado chorudo? Não me digam que a suposta “vítima”, é o próprio “agressor”?

3 – Os jornalistas, como classe, não perdem nenhuma oportunidade de afirmar a sua independência, face ao poder político e à entidade patronal. É verdade que – os conselhos de redação, o estatuto individual do exercício da profissão, os direitos de autor e um sem número de regras – que, quando aplicadas, garantem de facto, uma desejada independência.

Com toda a blindagem que protege a profissão, alguém acredita que a tendência editorial de qualquer orgão de comunicação social, poderia ser radicalmente mudado, com a rapidez com que alguns nos querem fazer querer?

Os próprios jornalistas a admitirem esta possibilidade, estão a dar um tiro no pé.

4 – O que é facto é que tudo isto é perturbador. O País precisava de paz de “espírito” para ultrapassar a situação económica desfavorável e, assim, está a ser cada vez mais difícil. José Sócrates, cada dia que passa no poder, menos condições tem para governar.

5 – Também me preocupa e muito, a forma, aparentemente fácil, como qualquer cidadão é escutado e investigado na sua privacidade. Os métodos estão cada vez mais apurados, já conseguem fazer inveja à mais competente polícia política, e nem nos restaurantes e cafés é seguro falar de certas pessoas, principalmente se forem jornalistas.

SBF

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