EMIGRAÇÃO EM FORÇA…


A recessão que vivemos no País, resultado da crise global e da inconsequência das políticas adotadas por quem nos tem governado nas últimas décadas, faz com que, durante 2011, cerca de 100 mil portugueses tenham sido obrigados a emigrar porque, por cá, o que lhes restava era o desemprego.
Pelos discursos economicistas que a toda a hora ouvimos, incluindo a mensagem de Natal do Primeiro-ministro confrangedoramente vazia de conteúdo, não se auguram melhoras para os próximos tempos. Aliás, fazem questão de nos transmitir isso e só isso. São medidas de austeridade umas a seguir às outras sem intervalo nem “compaixão”. Antes do final do ano deve ser conhecida mais uma “bateria” de decisões recessivas para que acabemos o ano bem deprimidos. É pois certo que, durante 2012, o recurso à emigração se vá acentuar e fiquemos, mais uma vez, desfalcados de uma boa parte dos portugueses mais bem qualificados.  
Daqui a um ano já saberemos se os sacrifícios serviram para alguma coisa. O pior é que, mesmo resultando nalguma coisa, pelo caminho vão ficar os destroços do terramoto que nos caiu em cima.
Entretanto, os Ministros, Secretários do Estado e os outros altos dignitários do Estado, continuam a transportar-se em viaturas topo de (alta) gama. Em 6 meses, havendo vontade e “vergonha na cara”, já seria tempo suficiente para renegociarem (todos ou alguns) os contratos de aluguer, no sentido de se conduzirem em carros condizentes com a austeridade que, eles próprios impõem aos outros portugueses.  
Silvestre Félix

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