MULTINACIONAIS

A multinacional “Delphi” (CLICAR) volta a fazer notícia de primeira página. A fábrica da Guarda está a chegar ao fim como já aconteceu com muitas outras. Também esta empresa se deslocalizou para outras paragens, onde vai pagar um terço ou menos dos nossos ordenados e onde beneficiará de muito mais incentivos dos que existem no Ocidente.

Nos últimos 20/25 anos, o aparelho produtivo nacional foi substituído por uma bateria de multinacionais. Foram chegando com grandes promessas de desenvolvimento e garantias de absorção de toda a força de trabalho disponível, nas regiões onde se instalaram. Os municípios entregaram terrenos por “tuta-e-meia” para construírem as unidades de produção e o Governo da República ofereceu incentivos fiscais e outros.

Assim, descaradamente em desvantagem – sem incentivos fiscais e sem terrenos de borla – a nossa agricultura, a nossa pesca, os nossos estaleiros navais, os nossos comboios, os nossos portos e a nossa indústria duma forma geral, desapareceram e acabaram – por abate subsidiado pela UE ou falta de competitividade – substituídos pelas “modernas” multinacionais.

Com a crise universal instalada também em Portugal, e os sucessivos tiros nos pés que Bruxelas foi dando, atirando o ónus da recuperação para cada País individualmente ignorando o princípio da solidariedade entre os estados da UE, rapidamente percebemos que, acima de tudo, temos de contar connosco e com os que nos são próximos, e esses, não são de certeza os da outra Europa que detém hoje o poder.

Silvestre
(Link: DN Online)

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