Temos obrigação de nos curvar em homenagem aos homens e mulheres que, voluntariamente, se entregam na defesa de vidas e bens alheios.
Aos que morreram; que descansem em Paz!
À boleia das altas temperaturas e ausência de humidade, montam-se os criminosos concidadãos armando a desgraça nacional que são os incêndios florestais.
Principais causas objetivas:
Vegetação farta em virtude de inverno longo e chuvoso;
Deficiente limpeza dos campos e floresta;
Altas temperaturas e tempo seco durante vários dias;
Atividade humana dolosa ou negligente acionando ignição aproveitando as condições ideais para a progressão rápida do fogo.
Aqueles, os veneráveis, ao princípio ignoram porque é azar alheio, depois já convém porque os jornais e as televisões começam a transmitir algumas imagens, e, no fim, quando o País já está bem mergulhado num braseiro humanamente difícil de dominar, aparecem eles e elas invadindo as antenas com as tiradas de grandes soluções para acabar com os fogos em Portugal.
A comunicação social que, para além do rescaldo do freeport, pouco mais tinha para dizer, tem dado toda a cobertura possível e impossível à temática dos fogos. Convidam especialistas e não especialistas, comentadores da treta, destacados membros da oposição e os habituais detratores do atual esquema da “proteção civil”.
Porque o tema me interessa, fiquei curioso com um anunciado debate na RTPN ontem à noite. Fiquei logo desiludido com a moderadora, e depois ainda mais porque verifico que dos convidados não consta ninguém da proteção civil nem ninguém a representar os Bombeiros Voluntários. Ainda pior fiquei com o início da discussão porque, a partir do mote do “eterno” presidente do sindicato dos Bombeiros Profissionais – que nesta altura sempre aparece em grande forma – a conversa, até onde ouvi, fixou-se num ataque “primário” ao voluntariado, culpando a instituição “Bombeiros Voluntários”, da maior parte dos problemas surgidos com a prevenção e combate aos incêndios; Simplesmente chocante!
Quando se ouvem as populações pedir mais meios, e protestarem porque os Bombeiros não vieram logo, bem se sabe ser genuína a revolta e até se compreende algum egoísmo – para muitos, o ideal era terem uma corporação de Bombeiros em cada rua – mas quando os falantes são os que referi antes, então o caso muda de figura.
SBF
(Foto: Jornal I Online)
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