SE NÃO FORMOS NÓS, QUEM NOS DEFENDE?

A propósito do imbróglio PT/Telefónica e no seguimento do acionamento da “golden share” por parte do Estado português, um jornal Inglês, o famosíssimo “Financial Times”, conclui a análise desta forma, no mínimo grosseira – “a estupidez colonial ainda morreu”, referindo-se naturalmente ao nosso País.

Ironia das ironias ser um jornal Inglês a acusar o Estado português de colonialista. Logo eles que, pelo século XXI a dentro, têm territórios protegidos…!! (não colónias??) por tudo quanto é mundo.

Grande parte dos Estados europeus, têm protegido, quase sempre de forma encapotada, os seus setores estratégicos incluindo as telecomunicações.

Na véspera da assembleia, tudo levava a crer que não haveria necessidade do Estado usar esta prorrogativa, uma vez que a maioria dos acionistas não queria vender mas, em cima da hora, bastou a Telefónica “abanar” com mais uns milhões, para os “nossos” melhores banqueiros e investidores (acionistas nacionais de referência), mudarem logo de campo.

O Estado português, independentemente de se concordar ou não, perante a nova situação, usou duma forma aberta e clara, a única alternativa que lhe restava para afirmar a defesa dos superiores interesses nacionais, a “Golden Share” prevista nos estatutos da empresa desde a privatização.

Se não formos nós, quem nos defende?

Por este andar, e com a Europa da Merkel, do Sarkozi e do Barroso a supervisionar o saque, qualquer dia nem “dedos” temos, porque os “anéis” já estão a ir…

SBF

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