CHOQUE PETROLÍFERO


Quando no ano passado, José Rodrigues dos Santos escrevia o seu último romance “O Sétimo Selo” que tem a ver com as alterações climáticas e o previsível esgotamento do petróleo, concerteza estaria longe de acreditar que algumas previsões feitas, estariam a concretizar-se já nesta altura, ou seja, um ano depois.

O JRS dá uma pequena entrevista à “Visão” de ontem, onde se aborda a questão. De facto a teoria desenvolvida no citado romance, de que a produção de petróleo é de facto insuficiente para a procura, e que a industria petrolífera tem escondido de propósito esta realidade, para não se apostar em energias alternativas, tem tudo para ser verdadeira, as grandes companhias têm feito tudo para que o mundo continue dependente do petróleo durante muito tempo ainda.

Eu penso que, embora seja essa a intenção, estão a dar um tiro no pé. Realmente começa a trabalhar-se com muito afinco, principalmente na Europa, em energias alternativas e renováveis. O nosso País, mesmo que para muitos Portugueses seja incrível, está, neste aspecto, na vanguarda a nível mundial. Isto é reconhecido pela generalidade dos analistas de todos os Países onde estas questões estão na ordem do dia.

Pois é, para além do êxito que temos tido com a criação, desenvolvimento e comercialização de painéis solares, estamos em velocidade de cruzeiro nos eólicos com grandes espaços para fabricação e montagem das torres e moinhos, vai arrancar a construção de dez novas barragens e, como cereja em cima do bolo, estamos envolvidos numa parceria com a “Nissan” para a construção e comercialização a partir de 2010, de um carro movido integralmente a electricidade. Vai ser um carro absolutamente parecido em tudo, a um familiar a gasolina.


A fonte energética é fornecida por bateria, e é aqui que está a ser feito o grande trabalho porque é necessário que a viatura tenha uma autonomia satisfatória. Tudo passa por uma rede eficaz de abastecimento em duas hipóteses; Substituição de bateria vazia por cheia, ou carregamento através de tomada em postos de abastecimento estrategicamente distribuídos.

É preciso fazer qualquer coisa, não se pode ficar de braços cruzados à espera que os produtores de petróleo ponham os outros países de joelhos assistindo à subida imparável do preço do barril de petróleo.

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