Indo eu, indo eu, a caminho das merecidas férias lá para as terras do Sul, que há coisa de cem anos atrás lhe chamavam “Reino dos Algarves” quando, no meio da conversa em família, em que até o gato metia o bedelho, se chegou à conclusão que a “placa” da net do portátil tinha ficado em casa. Bem, nem vos passa pela cabeça o que me apeteceu fazer naquela altura, principalmente ao membro da família (que não era o gato) responsável pelo esquecimento.
Chegada a família ao “Reino dos Algarves” e feitas as arrumações, depressa chegou a hora do desejado jantar de peixe na “tasca do Chico”, e entretanto já a net me parecia uma coisa daquelas perfeitamente dispensáveis, de qualquer das formas comecei a magicar como é que conseguiria dar a volta à questão, porque, para além do mais, tinha combinado um ou outro pormenor de trabalho com recurso à net.
No dia seguinte, convencido que com a velocidade a que estas coisas andam, já seria possível ir a uma loja de uma operadora e adquirir uma placa (mesmo pagando aqueles preços….), e utilizar a banda larga. Qual quê! Nada disso! Não é possível assim, só com assinatura de contrato, fidelização de pelo menos 24 meses e por aí fora, ou seja, para me resolver o problema de 15 dias, tinha que ficar agarrado 24 meses.
Embora discordando da metodologia, lá fiquei conformado com o facto de ficar sem net até ao fim das férias em terras do Sul no “Reino dos Algarves”.
Passados dois ou três dias comecei a achar que até tinha sido bom o raio da placa ter ficado em casa. É verdade, retomei a leitura de jornal de papel e dediquei-me à leitura dos livros que tinha levado comigo, conseguindo um “rendimento” como há muito não acontecia.
Sem o computador, a internet e o telemóvel, hoje, nesta floresta urbana, não se consegue viver, e eu, com idade contada em anos já para lá de meio século, utilizador destas novas tecnologias, o confirmo mas, quando é possível, sabe bem descansar e voltar ao papel.
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