A afirmação
“tudo é e não é”, para além do título do último romance de Manuel Alegre, é uma verdade
inquestionável, principalmente quando falamos do “universo” da nossa política partidária. As estrelas maiores dos
grupos políticos atuam para plateias cada vez mais indefesas. Fazem-no
conscientes que têm de mentir melhor que os papagueadores dos grupos
adversários. Do desempenho, depende a vitória ou a derrota nas urnas
eleitorais.
O grupo que
ganha, que mentiu melhor, logo a posse dada começa a fazer o que muito mais
interessa ao grupo e à sua clientela deixando rapidamente para trás o prometido
(mentido) ao ZÉ nos
palanques da “sofrida” campanha.
O grupo que
não ganhou a governação, depressa continua ou se readapta aquela cómoda posição
de dizer e reivindicar o que nega ou não faz, quando está do outro lado, na
mais apetecida cadeira do poder.
A formatação
destes líderes orgânicos assenta nos mesmos “ensinamentos” (sem princípios),
sejam do grupo A, B, ou C sendo que, para atingirem aquele mínimo necessário de
“sem vergonhice”, têm de ter muitos
anos de treino.
Eles querem
que o jogo seja assim – “tudo é e não é“. A vida vai andando, os grupos amanham-se,
o ZÉ amarfanha-se
e o País afunda-se.
O grande António Aleixo já dizia que algum dia «pode o Povo querer um mundo novo a
sério». Quando
isso acontecer, não há “formatação”
que valha nem descaramento que os safe!
Silvestre Félix
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