PAPA E OS PECADOS…


Da escolha cardinalícia que se inicia hoje na Capela Sistina vai depender o “próximo” futuro da Igreja Católica Apostólica Romana;

decadência na continuidade ou evolução na reforma.

Para que o catolicismo corresponda aos anseios dos seus seguidores tem de retomar os ventos de mudança iniciados com João XXIII no Concílio Vaticano II. Os cidadãos católicos não querem continuar a ter problemas de consciência ou, no extremo da prática, continuar a pecar, por viverem o seu dia-a-dia fazendo votos de fidelidade eterno no casamento religioso, usando contracetivos ou interrompendo gravidezes em justificadas situações, na condição de padre ceder ao sentimento mais humano e generoso que é o amor ou conformar-se com as limitações de acesso da mulher ao sacerdócio. Por outro lado, as lutas pelo poder e pelo enriquecimento, dentro do Vaticano e mesmo na Cúria Romana, não podem continuar a nublar a pretendida santidade da Igreja.   

Para que o catolicismo tenha um futuro auspicioso o novo Papa tem de ser progressista e reformista, senão, se continuar tudo na mesma, a Igreja Católica Apostólica Romana cairá numa trajetória decadente definitiva. 

Silvestre Félix

(Foto: Basílica de S. Pedro, Vaticano - Reuters/DN)

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