«
LÁGRIMA
Dos olhos me cais,
redonda formosura.
Quase fruto ou lua,
cais desamparada.
Regressas à água
mais pura do dia,
obscuro alimento
de altas açucenas.
Breve arquitetura
da melancolia.
Lágrima, apenas.
»
(Eugénio de Andrade -
1958)
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