Foi concerteza entre setenta e um setenta e dois, época em que o Fidel Castro e o Che Guevara eram venerados como exemplos de heroísmo, que comecei a ter acesso a boletins de movimentos universitários que contestavam abertamente o regime, porque embora não fosse estudante daquele grau de ensino, tinha na minha roda de amigos alguns universitários.
O Che Guevara morreu nas montanhas da Bolívia em 1967 depois de ter deixado o seu lugar de super-ministro no governo revolucionário de Cuba, para continuar a luta de libertação da América Latina mais a sul. Fidel de Castro, quarenta e um anos depois, ainda vivo mas com graves problemas de saúde, deixou formalmente o poder.
Concorde-se ou não com o regime Cubano, é inegável que é o fim de uma era. Cuba e a sua revolução foram o ideário de muita gente da minha geração. Entretanto o mundo muda, a universalidade de qualquer ponto na Terra obrigava a que, mesmo Cuba, tivesse que mudar alguma coisa, e, nesse aspecto, acho que Fidel e o seu regime não foram inteligentes. Agora ou daqui a mais algum (pouco) tempo, muito provavelmente as coisas mudarão e duma forma drástica, e aí, todos vão sofrer um mau bocado. É um bocado do meu tempo que acaba.
Zambi
Fevereiro de 2008
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