INFARMED E A GUERRA QUE O GOVERNO "COMPROU"

Condenar uma guerra, é o “politicamente correto”! Todos o fazem, mesmo que alguns pensem exatamente o contrário, quando, enquanto protagonistas, convencidos estão, que a vão ganhar.

As guerras aparecem e, numa grande parte das vezes, foi por “obra e graça do espírito santo”; nenhuma das partes a provocou, a culpa é sempre do inimigo.

É um facto, que muitas vezes não se percebe como começam e, depois, já não há como recuar.

Ou seja; por muito belicista que seja o discurso, raramente se entra numa guerra por querer.

Atónitos, assistimos nestes últimos dias, ao início duma guerra por opção consciente e repetidamente confirmada como desejada.

Seja por razões ainda inconfessadas, seja para adoçar a boca a poderes locais que, escolhendo os pratos da balança conforme as cedências dos da Capital, mais tarde poderão estar disponíveis para outros “jogos”, seja só, por puro masoquismo, seja pelo que fôr, não dá para perceber que se deem “tiros nos pés”, desta maneira!

Evidentemente que me refiro à pretendida transferência do “INFARMED” de Lisboa para o Porto.

O governo está a “comprar” uma guerra, que, nem nos mais maquiavélicos desejos da direita, alguma vez tenha sido considerada.

A descentralização é imperativa, a regionalização é urgente e, parece-me, nem os antigos detratores destas duas reformas, hoje, são contra a sua efetivação.

Mas, não é assim!

Há milhentas oportunidades de darem corpo a uma desejada descentralização, sem destabilizarem, duma só penada, 300 famílias, para além do sentimento de desconfiança nas instituições, que é gerado no cidadão comum.

Silvestre Brandão Félix
26 novembro de 2017
Foto: Google

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