SOU EU OU SOU ELE?


Estas dúvidas de identidade que atrapalham a vida de tanta gente atacam quando menos se quer. No entanto, entre um Primeiro-Ministro e um cidadão Pedro a distância pode ser grande, pequena ou nenhuma.

Ainda PPC era um jovenzinho e já estas contradições assolavam figuras públicas da nossa sociedade. Vejam só o que acontecia com Olívia Patroa e Olívia Costureira numa interpretação única da saudosa Ivone Silva.

Silvestre Félix

AS MENSAGENS…


A papagueação que por aí anda nestes dias, leva-me a ignorar ostensivamente tudo o que vem dito pela maioria dos nossos politiqueiros.

Os do poder repetem-se porque ontem já o tinham dito e porque, algures no tempo, outros nas mesmas funções discursaram o mesmo, ou seja, NADA!

Mas, sendo a nossa comunicação social bem intencionada e ocupada com tudo o que de bom interessa ao Zé, vai de botar os habituais inteligentes comentando e analisando, o NADA, que os outros disseram.

De bolsos vazios lá caminhamos pelas catedrais do consumo sempre com a esperança de encontrarmos a oportunidade sonhada de que melhores dias virão.

O descaramento e a falta de vergonha dos que constantemente nos entram pela casa dentro, deixam-nos derreados e com a desesperança em alta.

Silvestre Félix

NATAL


Para este Natal desejo que os meus amigos tenham muita saúde e que a mesa da consoada esteja composta com o essencial. Nada de exageros nem de sobras!

Um grande abraço!
Silvestre Félix

TAP


A TAP vai renascer mais uma vez. O que se diz dos gatos, que têm sete vidas, também se pode dizer da Companhia aérea nacional. Durante mais de trinta anos a minha atividade profissional decorreu muito ligada ao transporte aéreo e, por maioria de razão, à TAP. Assisti e vivi de perto vários períodos de ansiedade por causa de supostas vendas e de outros desfechos ainda mais tristes da nossa Companhia de bandeira.

Não se consegue explicar a boa sensação de, no estrangeiro, entrar num avião da TAP. É como estar a entrar na nossa própria casa.

Hoje, como se fosse prenda antecipada, a TAP continua no nosso convívio. Portugal continuará a levar a BANDEIRA nacional aos quatros cantos do mundo, através dos aviões da nossa Companhia aérea.

Silvestre Félix

(Gravura: Público online)

PELA NOSSA SAÚDE...


As voltas que “eles” dão para justificarem a redução de idas dos portugueses a urgências e às consultas dos Centros de Saúde.  

Não! Os portugueses não estão melhor de saúde! Estão é muito pior de finanças e são obrigados a cortar em tudo incluindo as idas ao médico.

Nos últimos dez meses os hospitais registaram menos 500 mil urgências e os Centros de Saúde menos um milhão de consultas. Têm sido muitas as razões inventadas mas o único motivo para esta variação estatística é a falta de dinheiro para pagar as taxas (chamadas) moderadoras.

Mesmo que não corresponda à totalidade dos números, a situação estará a provocar pior saúde para os portugueses, a uma grande velocidade. Não demorará muito tempo até que facilmente se perceba esta nova realidade.

Os “inteligentes” arranjarão as habituais desculpas…

Silvestre Félix

O ÓDIO…ANTES E AGORA…


A, Mário Soares, já não se lhe acrescenta elogios nem méritos porque se escala houvesse sido constituída, já teria “rebentado”, mesmo descontando defeitos e desmerecimentos que também os tem.

Reconhecida a excelência da criatura como selo validador do atrevimento da minha opinião, embrulhou-se-me as tripas ouvindo o senador afirmar tamanho erro de perceção;

“nem no tempo de Salazar” o “Governo foi tão odiado”

A reação intestinal foi vigorosa e tem a ver com o fator “surpresa”. É normal escutarmos comentários deste tipo em pessoas mais jovens que não viveram no período da ditadura mas ao ex-presidente, nunca pensei ser possível.

Decerto Mário teve “uma branca”!

Salazar tinha a funcionar o aparelho da ditadura com um protagonismo destacado da pide, da censura, da repressão duma forma geral, sem oposição no pseudo-parlamento e com a propaganda bem afinada e sincronizada aos desígnios do regime,

ou seja, naquele tempo, que Mário Soares tão bem conheceu e sofreu, não havia meio de fazer a medição do ódio que os portugueses tinham pelo Governo.

Este tipo de abordagem e comparação é muito perigosa e o senador, melhor que ninguém, devia saber isso.

Silvestre Félix

RAPADURA DE GASPAR...


Se o Belchior e o Baltasar soubessem o que hoje se sabe sobre a fama de GASPAR, decerto não teriam partilhado o mesmo palco da história milenar que a Igreja nos conta acerca da “adoração” do menino Jesus.

Como se vem dizendo por aí, pelas redes sociais, Belchior e Baltasar levaram as prendas e o GASPAR, quando chegou, “limpou tudo”. Já naquela época a tendência se manifestava e, dois mil anos depois, é primeira página de jornais, abre os noticiários das tv’s e rádios e, infelizmente para os da terra Lusitana, sempre pelas piores razões.

Percebo porque é GASPAR a pagar as favas todas. Os lusitanos têm muita relutância em considerar credível a outra clássica história sobre “gamanço” – a dos “40 ladrões”.

Aqui seria; “GASPAR e os 40 ladrões”, pelo menos!

No que respeita à nossa carteira, subtrair é o verbo mais utilizado. Quando lá vai mais um pagamento, ou quando o vencimento, subsídio ou pensão, vem mais curto, lembramo-nos logo do GASPAR que “rapa tudo” e esquecemo-nos dos outros trinta e nove.

Gostava de ser pequenino e desenvolver no processo de crescimento uma atitude de “negação” relativamente ao GASPAR dos Reis Magos que, atrás duma estrela foi, até encontrar o local assinalado nas escrituras como cenário da sua primeira atuação, fazendo fé nas múltiplas “partilhas” do facebook.
 
Silvestre Félix

(Gravura: Ali Baba - Wikipédia)

ELES, ACORDARAM…


Em tempos, cantava o Zeca Afonso“…ELES comem tudo, comem tudo e não deixam nada…” ELES eram “os vampiros” em forma de “gente” que, entretanto, pensávamos desaparecidos para sempre.

Enganamo-nos!

ELES aí estão mais ativos que nunca. Ouvi ontem alguém explicar muito bem o que aconteceu: Hibernaram nas últimas décadas e, cheirando o ambiente pestilento tão bem espalhado pelos agentes dos “mercados”, acordaram e voltaram a sugar o nosso sangue. Só que, para “vampiros”, a noite já vai longa e nós, já não temos sangue nem carne.

Será que também irão roer os ossos?

Silvestre Félix

FREGUESIAS...


A papagueação ao sabor dos interesses das clientelas partidários é o que vemos no anfiteatro, feito plenário, na “casa da democracia”.

Botando palavra, todos tentam justificar as suas posições de circunstância. Noutro tempo, para a frente ou para trás, a faladura terá sentido diverso do de hoje.

O País precisa, há muito, de uma organizaçãoadministrativa moderna que equilibre as assimetrias existentes. O interior desertificado precisa de um poder local e regional forte que trave o definhamento inevitável das aldeias, das vilas e das cidades.

Com seriedade e valorizando a democracia, o processo levará, por ventura, mais de uma legislatura até ficar concluído. O que hoje se gasta em palavras e mais palavras na Assembleia da República, não tem nada a ver com o desejável melhoramento da qualidade de vida das populações.

Silvestre Félix

"CÂMARA CLARA"


A ideia é mesmo nivelar-nos por baixo. Seja através da redução dos vencimentos, subsídios e pensões, seja pela aplicação de austeridade em tudo o que mexe com dinheiro. Só nos “topo de gama” e noutras mordomias é que não se toca, quanto ao resto, é cortar…cortar, até à nesga mais fininha que se possa imaginar.

Com o fim do programa “Câmara Clara”, transmitido na RTP2 diariamente em versão curta, e longa ao domingo à noite com apresentação de Paula Moura Pinheiro, é cumprida mais uma etapa de destruição das opções culturais na televisão ainda pública.

Os mandantes, praticamente sem contrariedades, vão conseguindo trilhar os caminhos do empobrecimento dos outros e, duma forma geral, do País. A cultura não encaixa nos padrões tecnocratas vigentes.

Um povo culto “pergunta” muito…

Aquelas “cabeças” só estudam (e muito mal) números, estatísticas, percentagens e pouco mais. Os livros de cabeceira são os manuais e ensaios económicos e financeiros publicados por insuspeitos gurus nascidos nas grandes maternidades banqueiras tipo “Goldman”. São lidos religiosamente na tentativa desesperada de cumprirem os desígnios ultraliberais e, pelo menos uma vez, acertarem nas previsões.

A cultura é a nossa identidade!

Silvestre Félix

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...