INFINDÁVEL CRISE…


Em Portugal, cada vez mais, se fala quase exclusivamente de economia e finanças a reboque da infindável crise.

As forças vivas deste País deviam unir-se e promover todo o tipo de petições, requerimentos e manifestações no sentido de passar a falar-se de cultura nas suas mais variadas vertentes.

As nossas televisões, rádios e jornais, só deviam ter direito a publicidade paga na proporção da divulgação cultural transmitida.

Abaixo o monopólio da economia e finanças nos nossos órgãos de comunicação social!

Silvestre Félix

ERASMUS EM PORTUGAL


PORTUGAL É…

«Portugal é ruas de pedras, é pontes de ferro, é tectos altos, é prédios senhoris, é manuelino, é igrejas velhas, é Sé, é Álvaro Siza Vieira, é pastéis de Belém, é bacalhau à Brás, é castanha assada, é vinho verde, é Licor Beirão, é arroz com frutos do mar, é queijo de Évora. É José Saramago, Luís de Camões é Fernando Pessoa. Portugal é Lisboa, Porto, Braga e Coimbra, sendo também Fátima, Sintra, ou Aveiro, sem deixar de ser Lagos, Beja, ou Santa Comba Dão. E, óbvio, é Guimarães. É os cidadãos do Brasil, de Angola, ou Timor-Leste que há nas ruas, é Açores e Madeira, e o oceano imenso que dá a volta ao mundo, á a língua portuguesa, é a História, é Alexandre Herculano, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães. Portugal é o fado, é o 25 de Abril, é República, mas é Dom Sebastião, é o galo de Barcelos, é o Tejo e Douro, é a Universidade de Coimbra, é o eléctrico de Lisboa, é Amália Rodrigues, Carlos do Carmo e Deolinda. Portugal não é perfeito, mas é incrível.»

É a opinião sobre o nosso País de Pablo Gonzalez, espanhol, 23 anos e estudante ERASMUS. Escreveu este texto hoje, na edição do 147º aniversário do Diário de Notícias. Como ele, mais sete estudantes estrangeiros escreveram no DN opiniões altamente elogiosas de Portugal.

Estarão porventura a fazer mais por nós que a grande maioria dos “papagaios” nacionais que todos os dias nos entram pela casa dentro.

Silvestre Félix

O CHORO DAS ANDORINHAS…

Impressiona como se consegue manipular uma sociedade de maneira a que esta interiorize o culto da personalidade duma forma tão extrema como o é, na Coreia do Norte.

O facto de se tratar duma ditadura que controla a população nos seus mais ínfimos pormenores, ativando os sofisticados meios de repressão sempre que qualquer “perigo” de liberdade se manifeste, não justifica, só por si, as manifestações de “demência coletiva” a que assistimos pela televisão. Como se não bastasse a mobilização encenada do povo carpindo a morte do Kim …, ainda noticiam a tristeza da montanha sobranceira a Pyongyang e o choro das andorinhas pelo desaparecimento terreno do “querido líder”.
Os norte-coreanos não têm acesso autónomo a qualquer notícia do exterior.  
Silvestre Félix

EMIGRAÇÃO EM FORÇA…


A recessão que vivemos no País, resultado da crise global e da inconsequência das políticas adotadas por quem nos tem governado nas últimas décadas, faz com que, durante 2011, cerca de 100 mil portugueses tenham sido obrigados a emigrar porque, por cá, o que lhes restava era o desemprego.
Pelos discursos economicistas que a toda a hora ouvimos, incluindo a mensagem de Natal do Primeiro-ministro confrangedoramente vazia de conteúdo, não se auguram melhoras para os próximos tempos. Aliás, fazem questão de nos transmitir isso e só isso. São medidas de austeridade umas a seguir às outras sem intervalo nem “compaixão”. Antes do final do ano deve ser conhecida mais uma “bateria” de decisões recessivas para que acabemos o ano bem deprimidos. É pois certo que, durante 2012, o recurso à emigração se vá acentuar e fiquemos, mais uma vez, desfalcados de uma boa parte dos portugueses mais bem qualificados.  
Daqui a um ano já saberemos se os sacrifícios serviram para alguma coisa. O pior é que, mesmo resultando nalguma coisa, pelo caminho vão ficar os destroços do terramoto que nos caiu em cima.
Entretanto, os Ministros, Secretários do Estado e os outros altos dignitários do Estado, continuam a transportar-se em viaturas topo de (alta) gama. Em 6 meses, havendo vontade e “vergonha na cara”, já seria tempo suficiente para renegociarem (todos ou alguns) os contratos de aluguer, no sentido de se conduzirem em carros condizentes com a austeridade que, eles próprios impõem aos outros portugueses.  
Silvestre Félix

EDP PARA OS CHINESES!


Os 21% da EDP deviam continuar a ser portugueses. Estamos a vender os últimos anéis porque a Troika diz que tem de ser.

Na inevitabilidade da alienação, e havendo pretendentes brasileiros, preferia-os, a quaisquer outros. As minhas razões são afetivas, históricas, culturais e de uma desejada estratégia de parceria com o mundo da Lusofonia.

A escolha da empresa chinesa arruma com as pretensões dos alemães que se preparavam para continuar a dominar no seu quintal. É bom que não estejamos completamente na mão dos nossos “parceiros” (??) europeus.

Silvestre Félix

AS MÁS NOTÍCIAS…


A sequência de más notícias é assustadora.
Pelos menos em três períodos do dia diferentes de todos os dias, ficamos a saber de mais um “corte” ou de mais um aumento de uma qualquer despesa essencial.
Hoje foi a vez do corte nos dias de férias e do brutal aumento de preços dos exames médicos que são complementares do diagnóstico.
Foi também o dia em que ouvimos o representante do FMI dizer que o aumento de meia-hora no tempo de trabalho dos portugueses decretada pelo Governo, «não chega!»
Também foi hoje percebido que afinal a redução de funcionários públicos até 2014 é de 30 mil e não de 10 mil.
Porque é que não dizem tudo duma vez?
Silvestre Félix

OS CORTES NO SNS


O documento que dá conta da revisão do memorando de entendimento com a Troika vai ser hoje tornado público. Consta que é uma autêntica bomba…Como é costume nestas coisas, algumas pontas vão saindo fora e, pela tarde dentro, já são parangonas na net.

Continuam a ter a lata de dizer que não querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde. Pois bem, a Troika manda que, em 2012 os cortes subam para o dobro deste ano ou seja, por cima dos quinhentos e tal milhões de 2011, o corte do próximo ano será de mais mil e tal milhões de euros.

Alguém acreditará que os serviços de saúde prestados aos portugueses não vão baixar significativamente de qualidade?

Silvestre Félix

PERTURBAR OS PORTUGUESES!


A maneira “politicamente incorreta” como, de vez em quando, o Primeiro-Ministro faz determinado tipo de declarações, para além de magoar e perturbar os portugueses, cria dificuldades ao próprio Governo e ao País.

Todos sabemos existirem, nalguns países lusófonos, oportunidades de trabalho para muitas áreas profissionais incluindo professores. É uma realidade que muitos milhares de compatriotas já concretizaram e outros estão em vias disso.

O que não pode acontecer é o Primeiro-Ministro, em vez de criar emprego “cá dentro”, indicar a emigração como solução para os desempregados, sejam eles professores, serralheiros, pedreiros ou bancários.

Silvestre Félix

OS «JOTAS» E O CARREIRISMO!


Estes tipos que vêm das “jotas” pensam que podem tudo.

A “reboque” do sucesso carreirista de alguns, como o Primeiro-Ministro ou o líder do maior partido da oposição, os fulanos que vêm das “jotas” acham que estão no mesmo caminho do poder e desatam a apregoar bacoradas sempre que lhes aparece um microfone à frente ou lhe dão um degrau para subirem a um qualquer “púlpito”.

Este Vice-Presidente da bancada do PS na Assembleia da República que proferiu umas frases altamente incorretas sobre a dívida e credores, devia ser penalizado em termos partidários. Arranjou um enorme problema ao partido e aos seus dirigentes e, da forma como as declarações foram propaladas, na certa foram ouvidas fora do País por quem tudo aproveita para municiar a artilharia dos “mercados” sem rosto.

Mesmo assim há quem ache mérito nas declarações do “ex-jota” de Aveiro. Manuel Alegre, defendendo-o, disse que, «irresponsabilidade, á a submissão e o servilismo». Concordo com o Manuel Alegre, falando do diretório europeu e mercados, mas isso não justifica que o “ex-jota” se refira aos credores como o fez nem que defenda a apologia da ameaça chantagista do – Não pagamos!

Com a fraca prestação de hoje no debate quinzenal da Assembleia da República, o PS teve uma semana para esquecer.

Silvestre Félix

FERIADOS NACIONAIS!

A Agência Lusa divulgou hoje um documento subscrito por quarenta historiadores que condenam a (alegada) extinção de 4 feriados nacionais pelo facto de não existir relação entre menos dias de trabalho e produtividade.

A mim também me parece uma ideia estapafúrdia, sem sentido nenhum e que, em última análise, vai contribuir para aumentar o mau estar entre a gente que trabalha.  

Os feriados nacionais certificam o passado inscrito na nossa história que deve ser respeitado e valorizado, principalmente por quem tem responsabilidades governativas.
Que ataquem e reprimam os habituais utilizadores das chamadas “pontes”. Essas sim, devem ser banidas em definitivo do nosso calendário laboral.

Os acontecimentos a que se referem os feriados, devem ser comemorados na data certa e não, um ou dois dias para trás ou para a frente.

Que se dê força ao movimento que contesta a intenção de acabar com alguns feriados nacionais. Não é assim que retomamos o crescimento no sentido de cumprir os compromissos com a dívida.

Silvestre Félix

NELSON MANDELA E A RTP


A RTP1 passou esta noite um documentário sobre Nelson Mandela

Neste tempo conturbado em que prevalece o egoísmo e em que vence a lógica especuladora de “entidades” sem rosto, é retemperador convivermos, mesmo que seja pelas imagens e som saídos da TV, com esta “Personalidade Maior” da humanidade.

Silvestre Félix

AS BATERIAS E O DESÍGNIO…


O que foi bem feito e é bom, mesmo que tenha o nosso adversário a fazê-lo, não deve ser ignorado nem eliminado.

As energias renováveis e o sucesso de um grande (chamado) “cluster – elétrico”, foram bandeiras do anterior Governo com provados ganhos para a economia do País. Dava tanta “bandeira” que às vezes até chateava. O Primeiro-Ministro de então, chegou a auto-transportar-se em veículo elétrico para alguns eventos urbanos e, nesta matéria, fizeram um bom trabalho reconhecido dentro e fora de Portugal.

O que é facto, e é isso que interessa, desde Junho deixamos de ouvir falar no mérito das energias renováveis e no dito “cluster – elétrico”. Era desígnio do Governo PS e, como tal (digo eu), não interessava dar-lhe grande importância.

Este, como outros que não vêm agora ao caso, foi e é um erro de palmatória e, a primeira prova está aí;

A suspensão da fábrica de baterias da NISSAN com todos os prejuízos inerentes.

Onde está o Álvaro que veio do outro lado do mundo?

Silvestre Félix

AINDA, O JÁ SAUDOSO SNS!


PP Coelho diz; «que ainda há margem para subir mais as taxas moderadoras».

Há alturas da vida em que todos podemos ser acometidos de transtornos na “mioleira” levando-nos a praticar os mais disparatados atos ou a dizermos impropérios que não lembra nem ao “diabo”.

Será que ao Primeiro-Ministro terá acontecido alguma destas coisas?

De “moderadoras” as taxas já não têm nada, ou melhor; têm…têm!

Os novos preços vão “moderar” mas é pela razão inversa pela qual foram criadas há uns anos. Muitos milhares de portugueses, utentes do Serviço Nacional de Saúde (que a Constituição continua a garantir que deverá ser tendencialmente gratuito), vão deixar de poder ir às consultas, de fazer exames ou até de recorrer a uma urgência, não pelo exagero na utilização da gratuitidade do SNS mas, antes, por não terem possibilidades de pagar os novos preços das ditas taxas.     

Quem nos quiser fazer crer do contrário, está completamente descontextualizado e precisa de reformatar o “disco”!

Silvestre Félix

SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE (JÁ ERA!)


No que respeita ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), provocando a degradação da qualidade dos cuidados de saúde dos portugueses, o Estado economicista vai “faturar” de duas maneiras:

- Aumento para o dobro das chamadas Taxas Moderadoras.
- Como muitos milhares de portugueses deixarão de poder pagar as Taxas, a redução no atendimento vai resultar na diminuição dos custos de funcionamento.
O grande anúncio de que são muitos mais os isentos porque passam a sê-lo por insuficiência económica, é um treta. O limite para não pagar de seiscentos e tal euros por agregado familiar, deixa de fora, ou seja, obriga a que paguem, uma enorme faixa de portugueses pobres.

Silvestre Félix

A AUSTERIDADE, AUDI’S E BMW’S!


Muito se tem falado nos últimos dias do carro de 86 mil euros que transporta o ministro da Solidariedade e Segurança Social. A demagogia, por regra, tem sempre dois sentidos e, neste caso, não foge porque a questão não está neste ou naquele ministro, neste ou naquele governo.

Não está certo que, demagogicamente, se mostre um comportamento austero mesmo quando a situação não o justifica ou se ostente a riqueza quando, à volta, se “respira” pobreza.

Os “extremos tocam-se” e “no meio é que está a virtude”.

Também se sabe que a frota automóvel usada pelo Estado é, nestes tempos, na sua quase totalidade, alugada a empresas especializadas com contratos a correr e firmados por anteriores governos. Não está em causa a opção por este tipo de solução, a questão é a forma como se aplica. Na situação em que o País está, não é possível que os BMW’s e AUDI’s de topo de gama continuem a transportar por todo o lado os nossos governantes, e afins. A gama deve ser alterada para baixo.

O que importa destacar é a forma como se aplicam diferentes “pesos e medidas” para fins idênticos. A redução da despesa também deve incidir neste tipo de equipamento. Mesmo alugados, carros de 20 ou 30 mil euros fazem o mesmo efeito que outros mais caros e, com certeza, a fatura do aluguer baixa consideravelmente.  

Se eu andasse por aí a pregar austeridade, teria grandes problemas de consciência em usar, mesmo sendo alugado, uma viatura de 70 ou 80 mil euros. Não sendo obrigado a utilizá-lo, decerto exigiria que me arranjassem outro carro mais em conta.

Silvestre Félix

E A REDUÇÃO DE FREGUESIAS…


É claro que a Troika não faz ideia do que é uma Freguesia, o que custa ao OE e que funções desempenha. A eliminação de Freguesias pretendida pelo Governo serve assim, para, utilizando o “elo mais fraco”, mostrar trabalho no que respeita ao compromisso do “memorando” sobre a reforma do Poder Local.

Há muito que o País precisa duma verdadeira reforma administrativa de braço dado com a tão falada, e em nome da qual já se fez um referendo nacional – Regionalização.

O território nacional é composto por um emaranhado de divisões, sendo a maior parte com órgãos de titulares nomeados, à exceção dos concelhos e freguesias que são eleitos, disputando os mais variados poderes que muitas vezes se sobrepõem: Regiões dos Açores e da Madeira, Províncias, distritos, comissões de coordenação regional (CCR’s), grande área metropolitana (GAM), comunidade urbana (ComUrb), comunidade intermunicipal (Cominter), concelhos e freguesias, para já não falar nas (NUTS), abreviatura duma designação em Francês para fins estatísticos da UE e que também corresponde a determinada divisão do território.

Neste contexto, a eliminação de freguesias não adianta nem atrasa (antes pelo contrário). Pode justificar-se em situações pontuais como é o caso de Lisboa mas, a opção de “régua e esquadro”, é um disparate. Os pressupostos enunciados no “livro verde” não conseguem padronizar eventuais necessidades de ajustes. Por isso, quando se pretende aplicar no terreno, partindo dos lindos quadros do “livro verde”,não dá a bota com a perdigota”.

Com certeza que a intenção do Ministro Relvas não é provocar “riso” a quem o ouve, quando refere a eliminação de freguesias como; “reforma da Administração Local”.

A maneira como foi recebido no congresso da ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias) mostra bem da enrascada em que o Governo se meteu. Portugal precisa duma verdadeira reforma da “Administração Local”. É preciso muita coragem para enfrentar os “barões” instalados mas, se as coisas forem bem feitas, o Governo terá o apoio das populações.

Silvestre Félix

OS FERIADOS


Não é por causa da argumentação dos assumidos monárquicos e, ou, republicanos, que acho a intenção de acabar com alguns feriados, “desculpa de mau pagador!”

Não é verdade que, no panorama europeu, sejamos os “campeões” dos feriados. Estamos na média e, em qualquer dos casos, não é por feriado a menos ou feriado a mais que passamos a ser competitivos.

É suposto o feriado comemorar um acontecimento naquele preciso dia. Não é aceitável, a pretexto da salvação da nossa economia, que se pretenda, aberrantemente, festejar um dado momento histórico em dia diverso daquele em que aconteceu, mesmo que os alemães ou outros que tais o façam.

O que é escandaloso e devia acabar são as célebres pontes. O fenómeno acontece fundamentalmente na função pública. Os trabalhadores do Estado ou equiparados têm “mil e uma maneira” de materializar as ditas pontes. São as “tolerâncias de ponto”, são os dias de férias a bochechos, são o “artigo não sei quantos”, etc., etc.

Sob pena de fortes penalizações, não devia ser permitido usar os tais truques para faltar ao trabalho nos dias entre o feriado e o fim-de-semana. Tem, por exemplo, um feriado à Quinta-Feira. Muito bem, goza o feriado e, no dia seguinte, vai trabalhar. Ponto Final!

Para quê, desgastarmo-nos com problemas que NÃO são?

O Álvaro da economia tem acertado pouco…    

Silvestre Félix

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...